Prefeito de Rosário insinua perseguição por parte do MP: “estão investigando pessoas, não fatos”

O prefeito de Rosário, Calvet Filho, do partido Republicamos, está envolvido em mais uma polêmica. Em entrevista ao programa Ponto Final, na rádio Mirante AM, na quarta-feira (27), ele acusou o Ministério Público do Maranhão (MPMA) de “investigar pessoas, não fatos”, ao ser questionado sobre um inquérito que apura suposto enriquecimento ilícito do gestor e seus familiares.

O chefe do Executivo Municipal afirmou que tem uma boa relação com a promotora de Justiça da Comarca de Rosário, Cristina Lobato, e que é amigo pessoal do irmão dela. Ele disse que não entende o motivo da investigação e, em seguida, cita que teria recusado um contrato com a empresa do amigo por questões financeiras da administração pública.

A afirmação do prefeito de Rosário acaba sendo tendenciosa e colocando em questão a ética do órgão fiscalizador, pois suas declarações subtendem que a motivação da promotoria é pessoal, por negar o contrato à empresa do irmão da promotora.

Investigação

O MPMA abriu um inquérito civil em agosto para apurar possíveis atos de improbidade administrativa cometidos pelo prefeito. Segundo o MPMA, há indícios de que Calvet Filho esteja pagando mensalidades de um curso de Medicina para sua filha, Laysa Calvet, em uma faculdade particular localizada em São Luís. O valor das mensalidades seria superior ao total dos vencimentos recebidos pelo gestor público.

Além disso, o MPMA também está investigando os irmãos do prefeito, Lícia Calvet e Jonathas Calvet, por suposta ocultação de patrimônio. O inquérito aponta como indício o fato de que eles utilizam veículos de luxo registrados em nome de terceiros.

O prefeito negou as acusações e disse que sempre trabalhou e que tem condições de pagar as mensalidades do curso de Medicina da filha. Ele afirmou que o carro que utiliza é alugado e que não há irregularidades em sua gestão.

Ouça a entrevista na íntegra

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